Noções Básicas em Farmacologia

 NOÇÕES BÁSICAS EM FARMACOLOGIA

 

 

Introdução à Farmacologia 

Fundamentos da Farmacologia

 

1. Definição e História da Farmacologia

A farmacologia é a ciência que estuda as substâncias químicas e suas interações com os organismos vivos, analisando os efeitos terapêuticos e adversos dos fármacos. O termo "farmacologia" deriva do grego pharmakon (remédio ou veneno) e logos (estudo), evidenciando sua relação com substâncias que podem tanto tratar doenças quanto causar danos ao organismo (RANG; DALE, 2021).

A história da farmacologia remonta às civilizações antigas, como os egípcios, mesopotâmicos e chineses, que utilizavam plantas medicinais para tratar diversas enfermidades. O Papiro de Ebers (1500 a.C.) e os escritos de Hipócrates (460–370 a.C.) demonstram os primeiros registros sobre o uso de substâncias naturais para o tratamento de doenças (GOODMAN; GILMAN, 2021).

Durante a Idade Média, a farmacologia se desenvolveu lentamente devido às restrições impostas pelo pensamento religioso. Somente no século XIX, com o avanço das ciências biomédicas, a farmacologia passou a se consolidar como uma disciplina científica. Claude Bernard (1813–1878) é considerado um dos pioneiros da farmacologia experimental, tendo descrito o mecanismo de ação de várias substâncias no organismo (KATZUNG, 2021).

Atualmente, a farmacologia está em constante evolução, com a introdução da farmacogenética, da nanotecnologia farmacêutica e da medicina personalizada, permitindo terapias mais eficazes e seguras.

2. Classificação dos Fármacos

Os fármacos podem ser classificados de diversas maneiras, considerando sua origem, mecanismo de ação, aplicação clínica e estrutura química. A seguir, são apresentadas algumas das principais formas de classificação:

2.1. Classificação por Origem

  • Natural: extraídos de plantas, animais ou minerais (ex.: morfina, penicilina).
  • Sintética: produzidos em laboratório (ex.: paracetamol, metformina).
  • Semissintética: derivados de compostos naturais modificados quimicamente (ex.: amoxicilina).

2.2. Classificação por Mecanismo de Ação

Os fármacos são classificados conforme a forma como interagem com o organismo:

  • Agonistas: ativam receptores celulares para produzir um efeito biológico (ex.: adrenalina).
  • Antagonistas: bloqueiam a ação de um receptor, impedindo a resposta biológica (ex.: propranolol).
  • Inibidores enzimáticos: impedem a ação de enzimas específicas (ex.: inibidores da enzima conversora de angiotensina – IECAs, como o captopril).

2.3. Classificação por Aplicação Terapêutica

  • Analgésicos: reduzem a dor (ex.: dipirona, ibuprofeno).
  • Antibióticos: combatem infecções bacterianas (ex.: amoxicilina, azitromicina).
  • Anti-hipertensivos: controlam a pressão arterial (ex.: losartana, atenolol).

A classificação dos fármacos auxilia na escolha da terapia adequada, garantindo maior eficácia e segurança no tratamento de diversas doenças (BRUNTON; KNOLLMANN; HILAL-DANDAN, 2023).

3. Vias de Administração de Medicamentos

A via de administração de um medicamento refere-se ao caminho pelo qual a substância é introduzida no organismo, influenciando diretamente sua absorção, distribuição, metabolismo e excreção (RANG; DALE, 2021).

3.1. Via Oral (VO)

A administração oral é a mais comum e conveniente, sendo utilizada para comprimidos, cápsulas e soluções. Apresenta absorção variável e sofre o efeito de primeira passagem hepática, podendo reduzir a biodisponibilidade do fármaco (GOODMAN; GILMAN, 2021).

3.2. Via Parenteral

Inclui as administrações que passam o trato gastrointestinal, permitindo efeito mais rápido e biodisponibilidade elevada. Suas principais formas são:

  • Intravenosa (IV): administração direta na corrente sanguínea, garantindo ação imediata (ex.: antibióticos, anestésicos).
  • Intramuscular (IM): aplicada no tecido muscular, garantindo absorção mais rápida do que a via oral (ex.: vacinas, anti-inflamatórios).
  • Subcutânea (SC): administrada sob a pele, com absorção lenta e prolongada (ex.: insulina, heparina).

3.3. Via Tópica e Transdérmica

  • Tópica: aplicação diretamente na pele ou mucosas, com efeito local (ex.: pomadas, colírios).
  • Transdérmica: absorção gradual através da pele para efeito sistêmico (ex.: adesivos de nicotina, estrógenos).

3.4. Via Inalatória

Usada para fármacos que atuam nos pulmões, permitindo ação rápida e evitando o metabolismo hepático (ex.: broncodilatadores para asma, anestésicos inalatórios).

3.5. Outras Vias

  • Retal: usada quando a via oral não é viável (ex.: supositórios).
  • Intratecal: administração no líquido cerebrospinal para tratamento de doenças do sistema nervoso central (ex.: anestesia espinhal).

A escolha da via de administração depende da condição do paciente, do tipo de fármaco e do efeito desejado.

Conclusão

Os fundamentos da farmacologia abrangem desde a sua história e definição até aspectos práticos, como a classificação dos fármacos e suas vias de administração. A evolução contínua da farmacologia permite avanços no desenvolvimento de medicamentos mais eficazes e seguros, impactando diretamente na qualidade de vida dos

pacientes.

Referências

BRUNTON, L. L.; KNOLLMANN, B. C.; HILAL-DANDAN, R. Goodman & Gilman’s: The Pharmacological Basis of Therapeutics. 14. ed. New York: McGraw-Hill, 2023.

GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. Manual de Farmacologia e Terapêutica. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2021.

KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021.


Farmacocinética – O Caminho do Fármaco no Organismo

 

A farmacocinética é a área da farmacologia que estuda o percurso dos fármacos no organismo, incluindo os processos de absorção, distribuição, metabolização e excreção. Compreender esses mecanismos é essencial para a administração correta dos medicamentos, garantindo eficácia terapêutica e minimizando efeitos adversos (BRUNTON; KNOLLMANN; HILAL-DANDAN, 2023).

1. Absorção e Distribuição

1.1. Absorção

A absorção é o processo pelo qual o fármaco passa do local de administração para a circulação sistêmica. Esse fenômeno depende de fatores como a via de administração, a solubilidade do fármaco, o pH do meio e a presença de alimentos (RANG; DALE, 2021).

Fármacos administrados oralmente podem sofrer influência do efeito de primeira passagem hepática, no qual uma parte da substância é metabolizada no fígado antes de atingir a circulação sistêmica. Esse efeito pode reduzir significativamente a biodisponibilidade do medicamento (GOODMAN; GILMAN, 2021).

Já os fármacos administrados por vias parenterais (intravenosa, intramuscular e subcutânea) evitam esse efeito inicial, sendo absorvidos diretamente no plasma ou através dos tecidos corporais.

Fatores que influenciam a absorção:

  • Lipossolubilidade: fármacos lipossolúveis atravessam membranas celulares mais facilmente.
  • Tamanho molecular: substâncias menores são absorvidas mais rapidamente.
  • Fluxo sanguíneo: áreas com maior vascularização favorecem a absorção.
  • Forma farmacêutica: comprimidos, cápsulas, soluções e suspensões possuem diferentes taxas de dissolução.

1.2. Distribuição

A distribuição refere-se ao transporte do fármaco na corrente sanguínea para os tecidos e órgãos-alvo. Esse processo é influenciado por fatores como ligação às proteínas plasmáticasfluxo sanguíneo nos órgãospermeabilidade capilar e capacidade de atravessar barreiras biológicas, como a barreira hematoencefálica (KATZUNG, 2021).

Fármacos podem estar na forma livre ou ligados às proteínas plasmáticas, como a albumina. Apenas a fração livre é biologicamente ativa,

podendo exercer efeitos terapêuticos.

Órgãos bem vascularizados, como fígado, rins e cérebro, recebem a maior parte dos fármacos rapidamente, enquanto tecidos com menor irrigação, como músculo e gordura, apresentam distribuição mais lenta.

2. Metabolização e Excreção

2.1. Metabolização

A metabolização é o processo pelo qual o organismo transforma os fármacos em substâncias mais hidrossolúveis, facilitando sua eliminação. O principal órgão responsável pelo metabolismo dos fármacos é o fígado, onde atuam as enzimas do citocromo P450 (RANG; DALE, 2021).

A metabolização ocorre em duas fases:

  • Fase I: Modificação química do fármaco por reações de oxidação, redução ou hidrólise. Pode resultar em ativação, inativação ou formação de metabólitos tóxicos.
  • Fase II: Conjugação do fármaco com substâncias como ácido glucurônico, sulfato ou glicina, tornando-o mais solúvel em água para excreção renal ou biliar.

Algumas condições, como insuficiência hepática e interações medicamentosas, podem alterar a metabolização dos fármacos, aumentando ou reduzindo sua eficácia e toxicidade (GOODMAN; GILMAN, 2021).

2.2. Excreção

A excreção é o processo final da farmacocinética, no qual o organismo elimina o fármaco e seus metabólitos. O principal órgão envolvido na excreção é o rim, mas outros sistemas também participam, como o hepático e o pulmonar (KATZUNG, 2021).

Os principais mecanismos de excreção incluem:

  • Excreção renal: ocorre por filtração glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção passiva. Fármacos hidrossolúveis são eliminados mais facilmente na urina.
  • Excreção hepática e biliar: fármacos são eliminados na bile e podem sofrer recirculação entero-hepática, prolongando seu efeito no organismo.
  • Excreção pulmonar: ocorre principalmente para substâncias voláteis, como anestésicos inalatórios.
  • Excreção por saliva, leite materno e suor: contribui minimamente para a eliminação de fármacos.

Pacientes com insuficiência renal apresentam maior risco de acúmulo de fármacos, exigindo ajuste de doses para evitar toxicidade.

3. Meia-vida e Biodisponibilidade

3.1. Meia-vida (t½)

A meia-vida de um fármaco representa o tempo necessário para que sua concentração plasmática seja reduzida à metade. Esse parâmetro é essencial para definir a frequência de administração e a duração do efeito terapêutico (BRUNTON; KNOLLMANN; HILAL-DANDAN, 2023).

Fármacos com meia-vida curta precisam de administrações mais frequentes, enquanto os de meia-vida longa podem ser administrados em intervalos maiores. O estado de

equilíbrio (steady-state), no qual a quantidade de fármaco absorvida é igual à eliminada, ocorre após cerca de 4 a 5 meias-vidas.

3.2. Biodisponibilidade

A biodisponibilidade indica a fração do fármaco que atinge a circulação sistêmica de forma inalterada. Sua variação depende de fatores como absorção, metabolismo hepático e interação com alimentos ou outros medicamentos (GOODMAN; GILMAN, 2021).

A biodisponibilidade é expressa em porcentagem:

  • 100% (biodisponibilidade total): fármacos administrados por via intravenosa, pois entram diretamente na corrente sanguínea.
  • Biodisponibilidade reduzida: ocorre na administração oral devido ao metabolismo de primeira passagem e à absorção incompleta.

O ajuste da biodisponibilidade é fundamental para otimizar a dose dos medicamentos e garantir eficácia terapêutica.

Conclusão

A farmacocinética é essencial para entender o destino dos fármacos no organismo. A absorção, distribuição, metabolização e excreção influenciam diretamente a eficácia e segurança dos medicamentos. Além disso, parâmetros como meia-vida e biodisponibilidade orientam a formulação e o regime posológico dos fármacos, garantindo seu uso adequado.

Referências

BRUNTON, L. L.; KNOLLMANN, B. C.; HILAL-DANDAN, R. Goodman & Gilman’s: The Pharmacological Basis of Therapeutics. 14. ed. New York: McGraw-Hill, 2023.

GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. Manual de Farmacologia e Terapêutica. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2021.

KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021.

 

Farmacodinâmica – Como os Fármacos Agem

 

A farmacodinâmica é o ramo da farmacologia que estuda os mecanismos de ação dos fármacos no organismo e como esses compostos produzem seus efeitos terapêuticos e adversos. Diferente da farmacocinética, que descreve o caminho do fármaco no corpo, a farmacodinâmica explica como o fármaco age nas células e tecidos, detalhando sua interação com receptores, a relação entre dose e resposta e o índice terapêutico (BRUNTON; KNOLLMANN; HILAL-DANDAN, 2023).

1. Interação Fármaco-Receptor

A ação dos fármacos geralmente ocorre por meio da interação com receptores celulares, que são proteínas especializadas localizadas na superfície ou no interior das células. Esses receptores reconhecem moléculas específicas e desencadeiam respostas biológicas que podem ativar ou inibir funções celulares (RANG; DALE, 2021).

Os fármacos podem ser classificados conforme sua interação

com os receptores:

  • Agonistas: ativam os receptores, mimetizando a ação de substâncias endógenas. Um exemplo é a adrenalina, que estimula receptores adrenérgicos.
  • Antagonistas: bloqueiam os receptores, impedindo a ação de substâncias endógenas. O propranolol, por exemplo, é um antagonista dos receptores β-adrenérgicos e reduz a frequência cardíaca.
  • Agonistas parciais: ativam os receptores, mas com menor intensidade em comparação aos agonistas plenos. O buprenorfina, utilizado no tratamento da dor, é um exemplo.
  • Moduladores alostéricos: ligam-se a locais diferentes do receptor, alterando sua atividade sem competir com o agonista principal. As benzodiazepinas, que potencializam a ação do GABA, atuam dessa forma (GOODMAN; GILMAN, 2021).

Além da interação com receptores, os fármacos podem agir por outros mecanismos, como a inibição de enzimas (exemplo: inibidores da enzima conversora de angiotensina, como o captopril) e a modulação de canais iônicos (exemplo: bloqueadores de canais de cálcio, como a nifedipina).

2. Efeitos Terapêuticos e Colaterais

A resposta de um fármaco pode ser terapêutica (benéfica) ou colateral (indesejada). Os efeitos colaterais são reações que ocorrem devido à interação do fármaco com alvos secundários ou a respostas exageradas do organismo (KATZUNG, 2021).

2.1. Efeito Terapêutico

O efeito terapêutico ocorre quando o fármaco age de acordo com sua finalidade clínica. Por exemplo, os anti-hipertensivos reduzem a pressão arterial e os analgésicos aliviam a dor.

A intensidade do efeito terapêutico pode ser influenciada por fatores como:

  • Dose administrada.
  • Sensibilidade individual do paciente.
  • Interações medicamentosas.
  • Estado fisiológico do paciente (idade, função renal e hepática).

2.2. Efeitos Colaterais e Adversos

Os efeitos colaterais podem variar de leves a graves. Alguns exemplos comuns incluem:

  • Efeitos adversos previsíveis: são relacionados ao mecanismo de ação do fármaco, como a sonolência causada pelos anti-histamínicos.
  • Efeitos adversos idiossincráticos: são imprevisíveis e ocorrem devido a predisposições genéticas.
  • Efeitos tóxicos: resultam de doses elevadas ou acúmulo do fármaco no organismo. Por exemplo, o paracetamol em excesso pode causar hepatotoxicidade.
  • Reações alérgicas: ocorrem devido a uma resposta imune exagerada a um fármaco, como no caso da anafilaxia induzida por penicilina.

Os efeitos colaterais são monitorados através da farmacovigilância, permitindo ajustes na prescrição para minimizar riscos (GOODMAN; GILMAN, 2021).

3. Dose-Resposta

e-Resposta e Índice Terapêutico

3.1. Relação Dose-Resposta

A relação dose-resposta descreve como o organismo reage a diferentes concentrações de um fármaco. Essa relação é geralmente representada por uma curva dose-resposta, dividida em três fases (RANG; DALE, 2021):

1.     Fase inicial: doses baixas produzem pouca ou nenhuma resposta.

2.     Fase intermediária: aumento da dose leva a um aumento progressivo do efeito terapêutico.

3.     Fase de platô: a partir de determinada dose, o aumento da concentração não gera mais efeito terapêutico, podendo apenas aumentar os efeitos adversos.

A potência e a eficácia de um fármaco podem ser avaliadas por essa relação:

  • Potência: refere-se à quantidade de fármaco necessária para produzir um determinado efeito. Um fármaco mais potente requer doses menores para atingir o mesmo efeito terapêutico de outro menos potente.
  • Eficácia: mede a capacidade máxima do fármaco em produzir uma resposta. Alguns fármacos podem ter maior eficácia terapêutica do que outros, independentemente da dose administrada.

3.2. Índice Terapêutico

índice terapêutico (IT) é um parâmetro que indica a margem de segurança de um fármaco. Ele é calculado pela razão entre a dose tóxica em 50% da população (TD50) e a dose eficaz em 50% da população (ED50) (KATZUNG, 2021).

IT=TD50ED50IT = \frac{TD50}{ED50}IT=ED50TD50​

Quanto maior o índice terapêutico, maior a margem de segurança do fármaco. Fármacos com índice terapêutico alto, como a penicilina, possuem menor risco de toxicidade. Já fármacos com índice terapêutico estreito, como a varfarina e a digoxina, exigem monitoramento rigoroso da dose para evitar efeitos tóxicos.

A determinação da dose ideal é essencial para equilibrar eficácia e segurança, minimizando riscos ao paciente (BRUNTON; KNOLLMANN; HILAL-DANDAN, 2023).

Conclusão

A farmacodinâmica permite compreender como os fármacos exercem seus efeitos terapêuticos e adversos no organismo. A interação com receptores, a relação dose-resposta e o índice terapêutico são elementos fundamentais na escolha do fármaco adequado para cada paciente. O desenvolvimento de novos medicamentos busca otimizar esses parâmetros, garantindo maior eficácia e segurança nos tratamentos médicos.

Referências

BRUNTON, L. L.; KNOLLMANN, B. C.; HILAL-DANDAN, R. Goodman & Gilman’s: The Pharmacological Basis of Therapeutics. 14. ed. New York: McGraw-Hill, 2023.

GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. Manual de Farmacologia e Terapêutica. 13. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2021.

KATZUNG, B. G. Farmacologia

Básica e Clínica. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

RANG, H. P.; DALE, M. M. Farmacologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021.

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