Básico em Cozinheiro Profissional

 **1 - INTRODUÇÃO**

Este documento detalha as operações executadas pela instituição, abrangendo ao menos os aspectos de higiene e sanidade das construções, manutenção e limpeza das instalações, aparelhos e utensílios, controle de abastecimento de água, gerenciamento integrado de vetores e pragas urbanas, treinamento de profissionais, monitoramento da higiene e saúde dos manipuladores de alimentos, gestão de resíduos e controle e garantia da qualidade dos alimentos preparados.

**2 - DEFINIÇÕES**

*Alimentos:*

Qualquer substância ou mistura, sólida, líquida, pastosa ou em outra forma adequada, usada para fornecer ao corpo humano os elementos essenciais para sua formação, manutenção e desenvolvimento.

*Alimento "In-Natura":*

Todo alimento de origem vegetal ou animal que para consumo imediato, requer apenas a remoção de partes não comestíveis e os tratamentos necessários para sua higiene e conservação adequadas.

*Alimento Embalado:*

Qualquer alimento contido em uma embalagem pronta oferecida ao consumidor.

*Alimento Preparado:*

Alimento pronto para consumo que foi manipulado em um serviço de alimentação e disponibilizado para venda ou distribuição, embalado ou não.

*Anti-Sepsia:*

Operação destinada a reduzir os microrganismos presentes na pele a níveis seguros, por meio de agentes químicos, após a lavagem, enxágue e secagem das mãos.

*Boas Práticas:*

Procedimentos técnico-sanitários necessários para assegurar a qualidade dos alimentos.

*Controle Integrado de Pragas:*

Conjunto de medidas preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, acesso e/ou proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a segurança do alimento.

*Contaminantes:*

Substâncias de origem biológica, química ou física, estranhas ao alimento e prejudiciais à saúde humana ou que comprometam sua integridade.

*Desinfecção:*

Redução, por agentes físicos ou químicos, da quantidade de microrganismos no prédio, instalações, maquinários e utensílios, a um nível que não resulte em contaminação do alimento.

*Embalagem:*

Recipiente destinado a garantir a conservação e facilitar o transporte e manuseio dos alimentos.

*Higienização:*

Operação que engloba a limpeza e desinfecção do estabelecimento, das instalações, equipamentos e utensílios.

*Ingrediente:*

Qualquer substância utilizada na fabricação ou preparação de um alimento e que permanece no produto final, mesmo que de forma modificada. *Inspeção Sanitária:*

Procedimento técnico realizado pela autoridade sanitária com o objetivo de identificar e intervir

técnico realizado pela autoridade sanitária com o objetivo de identificar e intervir sobre os riscos à saúde presentes nas etapas de produção.

*Limpeza:*

Operação de remoção de substâncias minerais e/ou orgânicas, como terra, poeira, gordura e outras sujidades indesejáveis para a qualidade do alimento.

*Lote:*

Conjunto de produtos de um mesmo tipo, processados pelo mesmo fabricante, em um tempo determinado, sob condições essencialmente iguais.

*Manipulador:*

Indivíduo que trabalha na produção, preparação, processamento, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e venda de alimentos.

*Manipulação de Alimentos:*

Transformação da matéria-prima para obtenção e entrega ao consumo, de alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda.

*Matéria Prima Alimentar:*

Qualquer substância que, em estado bruto, necessita passar por tratamento ou transformação de natureza física, química ou biológica para ser utilizada como alimento.

*Produto Alimentício:*

Todo alimento derivado de matéria prima alimentar ou de alimento "in natura", obtido por processo tecnológico adequado, adicionado ou não de outras substâncias permitidas.

*Resíduos:*

Materiais a serem descartados, provenientes da produção ou de outras áreas do estabelecimento.

**3 - HIGIENIZAÇÃO**

O processo de higienização visa eliminar ou reduzir a contaminação microbiológica, minimizando os riscos de transmissão de agentes causadores de doenças. As seguintes partes devem ser submetidas às etapas de higienização: (SILVA JR, 2001).

-   Pisos e Rodapés

-   Paredes

-   Portas

-   Janelas

-   Telas

-   Interruptores e Tomadas

-   Luminárias e Lâmpadas

-   Bancadas, Pias e Torneiras

-   Freezer

-   Geladeira

-   Fogão e Forno

-   Armários

-   Prateleiras

-   Mesas

-   Pratos, Talheres e Panelas

-   Produtos Enlatados

A higienização das latas é essencial para prevenir a contaminação cruzada.

- Hortifrutis

A higienização adequada dos alimentos frescos minimiza o risco de contaminação por microrganismos patogênicos.

Frutas, leite, ovos e outros alimentos que se deterioram facilmente. Esses produtos devem ser armazenados sob refrigeração ou congelamento e consumidos rapidamente após o preparo.

Não Perecíveis

Grãos, cereais, enlatados, conservas e outros produtos que têm uma vida útil mais longa quando armazenados adequadamente em local seco e fresco.

Semi-Perecíveis

Queijos, embutidos, pães industrializados e outros alimentos que possuem uma vida útil intermediária e requerem

cuidados específicos de armazenamento.

Seguir essas categorias ajuda a determinar o método de armazenamento adequado e o tempo de consumo seguro, minimizando o risco de contaminação e deterioração.

11 - RESPONSABILIDADE E TREINAMENTO

A qualidade e a segurança dos alimentos são responsabilidades compartilhadas entre produtores, distribuidores, manipuladores e consumidores. A implementação de boas práticas de fabricação, o cumprimento das normas e regulamentos locais e o treinamento contínuo dos manipuladores de alimentos são essenciais para prevenir contaminações e garantir a integridade dos alimentos.

O treinamento deve incluir:

*   Conhecimento sobre a origem e características dos alimentos.

*   Higiene pessoal e do ambiente de trabalho.

*   Técnicas adequadas de preparo, armazenamento e conservação.

*   Identificação e controle de possíveis perigos e riscos associados aos alimentos.

*   Utilização correta de equipamentos e utensílios.

12 - CONCLUSÃO

A segurança alimentar é um aspecto vital para a saúde pública e requer a atenção e o comprometimento de todos os envolvidos na cadeia alimentar. Desde a escolha e compra dos ingredientes até o preparo e consumo dos alimentos, cada etapa deve ser manejada com cuidado e responsabilidade. A observação das boas práticas de higiene, o cumprimento das normativas legais e a educação e conscientização dos manipuladores e consumidores são fundamentais para minimizar os riscos de contaminação e assegurar a qualidade dos alimentos. É um compromisso que vai além das cozinhas profissionais, estendendo-se também às residências e a qualquer lugar onde os alimentos são manipulados e consumidos. A saúde e o bem-estar de todos dependem do nosso cuidado, respeito e dedicação em servir alimentos seguros e nutritivos.

 

### 1 - Introdução

O cardápio, também conhecido como menu, carta ou lista, consiste na relação dos pratos que compõem uma refeição. Ele atua como um veículo de informação, venda e publicidade de um restaurante, auxiliando os clientes na escolha de alimentos e bebidas. É fundamental que o cardápio seja cuidadosamente planejado, considerando diversos fatores.

### 2 - Conhecimento da População a Que Se Destina O cardápio deve ser adaptado considerando:

-   Tipo de clientela (executivos, turistas, funcionários, estudantes, enfermos, etc.);

-   Sexo e idade;

-   Biótipo;

-   Tempo disponível para as refeições;

-   Atividade física e ocupação;

-   Estado nutricional e fisiológico do indivíduo;

-   Hábitos e preferências alimentares

regionais;

-   Religião;

-   Número de comensais.

### 3 - Avaliação das Possibilidades dos Estabelecimentos

É importante avaliar:

-   Equipamentos disponíveis;

-   Facilidade de abastecimento;

-   Qualificação da mão de obra;

-   Número de funcionários;

-   Espaço e ambiente;

-   Horário de distribuição das refeições;

-   Orçamento.

### 4 - Tipos de Modalidade de Serviço

#### Autogestão (Serviço Próprio)

A empresa assume toda a responsabilidade pela elaboração das refeições.

#### Terceirização (Serviços de Terceiros)

Opções incluem:

-   Refeição Transportada;

-   Administração de Cozinha e Refeitório;

-   Convênio com restaurantes;

-   Alimentação Convênio;

-   Cesta de Alimentos.

### 5 - Finalidade do Serviço

Modalidades de cardápio incluem:

-   A La Carte;

-   Table D’hôte;

-   Self-Service;

-   Cardápio institucional.

### 6 - Estrutura do Cardápio Institucional

A estrutura padrão pode incluir:

-   Entrada (fria ou quente);

-   Prato Principal;

-   Opção alternativa ao prato principal;

-   Guarnição;

-   Acompanhamento;

-   Sobremesa;

-   Líquidos.

### 7 - Cardápios Hospitalares

Devem ser adaptados em cor, textura, consistência e temperatura. Incluem:

-   Dieta Normal;

-   Dieta Branda;

-   Dieta Pastosa;

-   Dieta Semi-Líquida;

-   Dieta Líquida.

### 8 - Seleção e Aquisição de Alimentos

Deve considerar:

-   Disponibilidade dos alimentos;

-   Orçamento;

-   Safra;

-   Mercado fornecedor;

-   Preferências do cliente;

-   Diversidade e monotonia dos ingredientes;

-   Combinação e equilíbrio de nutrientes;

-   Preparação, equipamentos, habilidades, etc.

### 9 - Princípios da Elaboração dos Cardápios

Deve obedecer:

-   Lei da Quantidade;

-   Lei da Qualidade;

-   Lei da Adequação;

-   Lei da Harmonia.

### 10 - Guias Alimentares

O Guia Alimentar brasileiro auxilia na escolha de alimentos mais saudáveis, contribuindo para a promoção da saúde e prevenção de doenças como Diabetes Mellitus, Obesidade, Hipertensão, Doenças cardiovasculares e câncer.

### 11 - Algumas Regras para Elaborar um Cardápio

-   Variar receitas e apresentações;

-   Evitar monotonia de textura, sabor e cor;

-   Observar padronização das receitas e utensílios;

-   Não repetir cores e texturas;

-   Variar sabores entre doce, salgado, ácido, apimentado;

-   Evitar repetições semanais de pratos;

-   Considerar aspectos como estação do ano, consistência, temperatura e nível de saciedade da preparação. Certamente! Vou atualizar o texto, mantendo a essência das informações, mas reformulando para que ele seja mais conciso e atual:

12 - Valores de Referência de

Ingestão Diária

As recomendações atuais, estabelecidas em 1994, substituíram os antigos RDAs como valores de referência para a ingestão de nutrientes. Esses podem ser categorizados em quatro conceitos:

1.                 **Ar (Requerimento Médio Estimado)**: Refere-se à quantidade de nutrientes necessária para atender às necessidades de 50% dos indivíduos saudáveis, considerando idade, estado fisiológico (como gravidez, lactação) e sexo. É mais útil para avaliar grupos populacionais.

2.                 **Rda (Cota Diária Recomendada)**: Indica a ingestão dietética que satisfaz os requerimentos de 97 a 98% dos indivíduos saudáveis, de acordo com as mesmas características. É uma meta de ingestão que nos interessa particularmente para necessidades diárias e planejamento dietético individual.

3.                 **Ai (Ingestão Adequada)**: É o nível de ingestão de um nutriente a ser utilizado quando não há evidências suficientes para estabelecer sua RDA. Esse nível sugere baixa probabilidade de inadequação do nutriente.

4.                 **Ul (Nível De Ingestão Máxima Tolerável)**: Representa o nível máximo de ingestão diária de nutrientes sem risco de efeitos adversos à saúde para quase todos os indivíduos. Não é uma ingestão recomendável, pois os benefícios acima das RDAs ou AIs são questionáveis, e há riscos associados à ingestão excessiva.

A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde adotou esses níveis de ingestão diária recomendada para vitaminas, minerais e proteínas em adultos através da PORTARIA Nº 33, DE 13 DE JANEIRO DE 1998. Esses valores foram baseados em várias recomendações, incluindo a Resolução GMC Mercosul número 18/94.

Nota de conversão:

-   1 UI = 0,3 mcg de retinol equivalente ou 1,8 mcg de beta-caroteno.

-   Sob a forma de colicalciferol. 1 mcg de colicalciferol = 40 UI.

-   1 mg de niacina equivalente = 1 mg de niacina ou 60 mg de triptofano da dieta.

-   1 alfa tocoferol equivalente = 1 mg d-alfa-tocoferol = 0,671 UI = 0,671 mg d-L-alfa acetato de tocoferila.

Sem informações específicas sobre mudanças nessas políticas ou normas desde 2006, posso ajudar a reescrever o texto para torná-lo mais claro e legível, mantendo o conteúdo técnico intacto. Se houver mudanças específicas que você gostaria que eu incluísse, por favor, me informe.

### 13 - Programas de Política Alimentar

*   **Programa Nacional de Merenda Escolar (PNAE):** Esse programa estabelece que a merenda escolar deve ser elaborada por um nutricionista habilitado, que assumirá

ama Nacional de Merenda Escolar (PNAE):** Esse programa estabelece que a merenda escolar deve ser elaborada por um nutricionista habilitado, que assumirá a responsabilidade técnica. O plano deve fornecer no mínimo 30% das necessidades nutricionais diárias para alunos de creches e escolas indígenas, e aqueles em áreas remanescentes de quilombos, e 15% para os demais alunos (RESOLUÇÃO/FNDE/CD/Nº 32 DE 10 DE AGOSTO DE 2006).

*   **Diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas:**

Estabelecidas pela PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.010, DE 8 DE MAIO DE 2006, essas diretrizes definem a restrição ao comércio de alimentos com altos teores de gordura saturada, trans, açúcar livre e sal nas escolas, e incentivam o consumo de frutas, legumes e verduras.

*   **Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT):** Este programa define os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador, incluindo calorias e macronutrientes, através da PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº. 66, DE 25 DE AGOSTO DE 2006.

### 14 - Tabela de Composição

A avaliação dos nutrientes contidos nos alimentos é crucial para diversos setores. A FAO elaborou a primeira tabela internacional de composição em 1949 e, em 1984, criou a IN FOODS para melhorar a qualidade e disponibilidade de dados para análise de alimentos globalmente.

### 15 - Alguns Conceitos

Diversos conceitos, como Caloria, Joule, Distribuição das Calorias em uma Refeição de Dieta Normal, e Fator de Correção para Cálculo do NPU, são fundamentais para compreender a nutrição e dietética. Os detalhes sobre esses conceitos incluem:

*   1 Kcal = 1000 calorias = 4,18 KJ

*   1 Kjoule = 1000 Joules = 0,24 Kcal

*   Distribuição das Calorias: Desjejum = 300 Kcal, Merenda = 100 Kcal, Almoço = 900 Kcal, Jantar = 500 Kcal, etc.

### 16 - Fator de Correção

O Fator de Correção (FC) é usado para determinar quantidades e avaliar o preço total de compra de alimentos. É aplicado principalmente para alimentos com perdas inevitáveis, como cascas e sementes.

### 17 - Ficha de Análise de Preparação

Essas fichas fornecem informações claras sobre as calorias que compõem uma preparação, a forma de preparo, medidas caseiras e tempo necessário. Facilitam o cálculo das calorias e nutrientes do cardápio, permitindo uma dieta equilibrada.

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