MANICURE E PEDICURE
Anatomia, Saúde e Cuidados com as Unhas
Estrutura anatômica das unhas
As unhas são estruturas fundamentais do corpo humano, com funções que vão além da estética. Elas protegem as extremidades dos dedos, auxiliam em atividades manuais e desempenham papel importante na sensibilidade tátil. Para o profissional de manicure e pedicure, compreender a anatomia, a fisiologia e as diferenças entre as unhas das mãos e dos pés é essencial para realizar procedimentos seguros, eficazes e sem riscos à saúde do cliente.
Camadas e funções da unha
A unha é uma estrutura composta principalmente por queratina — uma proteína fibrosa e resistente — que também está presente no cabelo e na camada mais externa da pele. Ela é formada por várias partes interdependentes: matriz ungueal, lâmina ungueal, leito ungueal, eponíquio, hiponíquio e lúnula (SENAC, 2019).
A matriz ungueal é a região onde a unha se origina. Localiza-se sob a pele, na base da unha, e é responsável pela produção das células que formarão a lâmina ungueal. Essas células são continuamente geradas, se queratinizam e empurram as camadas mais antigas para frente, promovendo o crescimento da unha.
A lâmina ungueal, conhecida popularmente como a parte visível da unha, é uma estrutura translúcida composta por várias camadas compactadas de queratina. Sua principal função é proteger as falanges distais contra traumas, além de contribuir para a precisão dos movimentos e a manipulação de objetos pequenos.
O leito ungueal é o tecido localizado sob a lâmina. Ele contém vasos sanguíneos e terminações nervosas, responsáveis pela nutrição e sensibilidade da unha. A coloração rosada observada nas unhas saudáveis é resultado da vascularização desse leito.
O eponíquio, comumente chamado de cutícula, é uma pequena prega de pele que protege a base da unha contra a entrada de microrganismos e substâncias externas. A lúnula, por sua vez, é a parte esbranquiçada e semilunar visível na base da unha; ela representa a porção visível da matriz e tem papel importante no processo de crescimento.
Já o hiponíquio é a camada de tecido localizada logo abaixo da borda livre da unha, responsável por selar a transição entre a lâmina e a polpa do dedo, impedindo a penetração de sujeira e agentes infecciosos.
A combinação dessas estruturas garante às unhas suas principais funções: proteção, sustentação, sensibilidade e auxílio na preensão. Além disso, as unhas têm relevância clínica, pois mudanças em sua coloração, espessura ou formato
podem indicar doenças sistêmicas, deficiências nutricionais ou distúrbios metabólicos (VILHENA, 2020).
Crescimento e fisiologia
O crescimento das unhas é um processo contínuo e influenciado por fatores genéticos, nutricionais, hormonais e ambientais. Em média, as unhas das mãos crescem cerca de 2 a 3 milímetros por mês, enquanto as dos pés crescem mais lentamente — aproximadamente 1 milímetro por mês (SANTOS, 2021).
Esse crescimento ocorre devido à intensa atividade celular na matriz ungueal. As células produzidas nessa região sofrem um processo de queratinização, no qual perdem o núcleo, se tornam compactas e endurecem, formando a lâmina ungueal. O ritmo de crescimento é mais rápido em pessoas jovens e tende a diminuir com o envelhecimento. Fatores como má alimentação, doenças crônicas, uso de medicamentos e traumas também podem alterar a taxa de crescimento.
O processo de queratinização é essencial para a integridade e resistência da unha. A queratina é composta por aminoácidos ricos em enxofre, principalmente a cisteína, que forma ligações químicas responsáveis pela rigidez da estrutura. A deficiência de nutrientes como zinco, ferro, biotina e vitaminas A, C e E pode comprometer esse processo, resultando em unhas frágeis, quebradiças ou descamadas (BRASIL, 2020).
A fisiologia das unhas também envolve a irrigação sanguínea e a inervação do leito ungueal, que permitem o fornecimento de oxigênio e nutrientes às células da matriz. Qualquer comprometimento dessa circulação pode afetar diretamente o aspecto e a saúde da unha. O uso de sapatos apertados, traumas repetitivos e procedimentos inadequados de manicure e pedicure podem causar microlesões, hemorragias subungueais e deformidades permanentes.
Por ser um tecido vivo em constante renovação, a unha necessita de cuidados contínuos. A hidratação das cutículas, a manutenção da higiene e o uso de produtos de qualidade contribuem para preservar a fisiologia natural da unha, evitando ressecamento e infecções.
Diferenças entre unhas das mãos e dos pés
Embora as unhas das mãos e dos pés tenham composição e estrutura semelhantes, existem diferenças anatômicas e fisiológicas importantes que influenciam seu cuidado e crescimento.
As unhas das mãos possuem crescimento mais rápido devido à maior irrigação sanguínea e exposição frequente à luz solar, o que estimula a atividade celular da matriz. Elas são geralmente mais finas e flexíveis, facilitando o manuseio de objetos e a realização de tarefas manuais delicadas. Por estarem
crescimento mais rápido devido à maior irrigação sanguínea e exposição frequente à luz solar, o que estimula a atividade celular da matriz. Elas são geralmente mais finas e flexíveis, facilitando o manuseio de objetos e a realização de tarefas manuais delicadas. Por estarem mais expostas ao ambiente, também sofrem maior ação de agentes químicos e físicos, como detergentes e solventes, exigindo hidratação e proteção constante (SENAC, 2019).
Já as unhas dos pés crescem mais lentamente, têm espessura maior e são menos flexíveis. Isso ocorre porque estão submetidas à pressão dos calçados e ao impacto do caminhar. Essas características as tornam mais suscetíveis a problemas como unhas encravadas, deformidades e infecções fúngicas (onicomicoses). O ambiente úmido e escuro dos sapatos favorece a proliferação de fungos, tornando indispensável a correta higienização e ventilação dos pés (VILHENA, 2020).
Outra diferença relevante é o formato da lâmina. As unhas das mãos tendem a ser mais planas e largas, enquanto as dos pés, especialmente as dos dedos maiores, possuem curvatura acentuada. Essa diferença anatômica requer atenção especial no corte e lixamento para evitar traumas e encravamentos.
Além disso, o processo de esmaltação e remoção de produtos também deve considerar essas diferenças. As unhas das mãos, por estarem mais visíveis, demandam retoques mais frequentes e cuidados estéticos, enquanto as dos pés exigem intervalos maiores entre os procedimentos para permitir a respiração natural do tecido e prevenir o enfraquecimento.
O profissional de manicure e pedicure deve conhecer profundamente essas distinções para adotar técnicas específicas em cada atendimento, respeitando o formato natural das unhas e as condições fisiológicas individuais de cada cliente.
Considerações finais
O conhecimento da estrutura anatômica das unhas é essencial para a prática segura e eficiente do profissional de beleza. Entender as camadas, funções, crescimento e diferenças entre as unhas das mãos e dos pés permite prevenir lesões, infecções e desconfortos, além de proporcionar resultados estéticos mais harmoniosos e saudáveis.
A unha é uma estrutura viva e sensível, cuja integridade depende tanto de fatores internos — como nutrição e metabolismo — quanto de cuidados externos adequados. Assim, o profissional deve unir técnica, higiene e observação clínica, atuando não apenas como embelezador, mas também como agente de promoção da saúde e do bem-estar.
Referências bibliográficas
BRASIL.
Ministério da Saúde. Manual de Biossegurança em Serviços de Saúde. Brasília: MS, 2020.
SANTOS, L. R. Cuidados com as Unhas e Beleza das Mãos e Pés. São Paulo: Érica, 2021.
SENAC. Manicure e Pedicure: fundamentos e práticas. São Paulo: Editora Senac, 2019.
VILHENA, A. M. Higiene e Biossegurança em Salões de Beleza. Rio de Janeiro: Rubio, 2020.
Doenças e Alterações Ungueais
As unhas são estruturas que refletem não apenas o cuidado estético, mas também o estado geral de saúde do organismo. Alterações em sua cor, espessura, formato ou textura podem indicar desde pequenas agressões externas até doenças sistêmicas mais complexas. Para o profissional de manicure e pedicure, conhecer as principais patologias e alterações ungueais é fundamental para garantir um atendimento seguro, identificar situações que exigem encaminhamento médico e adotar práticas que evitem complicações e contaminações.
Principais patologias (onicomicose, unhas encravadas, psoríase)
Entre as doenças que acometem as unhas, destacam-se a onicomicose, as unhas encravadas (onicocriptose) e a psoríase ungueal. Cada uma delas possui causas, manifestações e cuidados específicos, sendo imprescindível reconhecê-las antes de realizar qualquer procedimento estético.
A onicomicose é uma infecção causada por fungos dermatófitos, leveduras ou fungos não dermatófitos que se alimentam da queratina presente na unha. É a patologia ungueal mais comum, afetando principalmente as unhas dos pés devido ao ambiente úmido e fechado proporcionado pelos calçados. Os sintomas incluem alteração da coloração (amarelada ou esbranquiçada), espessamento, descolamento da lâmina ungueal e fragilidade. O tratamento é exclusivamente médico, geralmente envolvendo antifúngicos tópicos ou orais, e pode durar vários meses, uma vez que a cura depende do crescimento completo da unha saudável (SENAC, 2019).
As unhas encravadas, ou onicocriptose, ocorrem quando a borda da unha penetra na pele ao redor, provocando inflamação, dor e, em alguns casos, infecção local. As causas mais comuns são cortes incorretos — especialmente com formato arredondado —, uso de calçados apertados, traumas repetitivos e predisposição anatômica. A área afetada pode apresentar vermelhidão, inchaço e secreção purulenta. Em casos leves, o profissional pode orientar medidas preventivas e encaminhar o cliente a um podólogo. Nos casos graves, com presença de infecção, o atendimento estético deve ser suspenso e o cliente encaminhado a um médico (VILHENA, 2020).
A psoríase
ungueal é uma manifestação da psoríase — uma doença inflamatória crônica e autoimune que pode afetar a pele, o couro cabeludo e as unhas. Nas unhas, a psoríase provoca deformidades, manchas amareladas, espessamento, descolamento e presença de pequenas depressões na superfície, conhecidas como “sinais de dedal”. Essa condição não é contagiosa, mas pode comprometer a estética e fragilizar a lâmina ungueal. O tratamento deve ser conduzido por dermatologista, com uso de medicamentos tópicos, sistêmicos ou fototerapia (SANTOS, 2021).
Outras alterações ungueais comuns incluem a onicólise (descolamento da unha do leito ungueal), onicorrexe (unhas quebradiças), leuconíquia (manchas brancas) e paroníquia (inflamação das pregas ao redor da unha). Embora muitas dessas condições possam ter causas simples — como traumas, contato com produtos químicos ou deficiência nutricional —, o profissional deve evitar qualquer intervenção que possa agravar o quadro.
Identificação e contraindicações para o atendimento
A identificação das alterações ungueais é parte essencial da prática de biossegurança. O profissional deve observar atentamente as unhas do cliente antes de iniciar o atendimento, verificando alterações de cor, espessura, formato, odor, presença de secreções ou dor. Essa análise prévia permite detectar possíveis infecções e adotar condutas seguras.
Nos casos de doenças infecciosas, como a onicomicose ou a paroníquia bacteriana, o atendimento estético está contraindicado, pois há risco de disseminação do agente patogênico para outros clientes e para o próprio profissional. Nessas situações, o correto é suspender o atendimento e orientar o cliente a procurar um médico dermatologista.
Em situações não infecciosas, como pequenas deformidades, unhas frágeis ou psoríase ungueal, o atendimento pode ser realizado com cautela, desde que não haja ferimentos, dor ou risco de sangramento. Nesses casos, devem-se evitar procedimentos invasivos, como retirada profunda de cutículas ou lixamento excessivo, que possam causar microlesões.
Outra contraindicação importante é a presença de feridas abertas, inflamações, sangramentos ou sinais de infecção. Nessas circunstâncias, o contato com instrumentos e produtos químicos pode agravar o quadro clínico. O profissional deve manter sempre o compromisso ético de priorizar a saúde do cliente em detrimento da estética.
Além disso, é essencial que o profissional utilize equipamentos de proteção individual (EPIs) — luvas, máscaras, avental e óculos de
proteção — e que todo o material utilizado seja devidamente esterilizado. O uso de instrumentos contaminados é uma das principais causas de contaminação cruzada e transmissão de doenças, incluindo hepatite B, hepatite C e HIV (BRASIL, 2020).
Cuidados e orientações ao cliente
A atuação preventiva é uma das funções mais importantes do profissional de manicure e pedicure. Além de executar os procedimentos com segurança, cabe ao profissional orientar o cliente sobre os cuidados adequados com as unhas, a fim de evitar infecções e outras alterações.
Entre as principais recomendações, destacam-se:
Em casos de onicomicose, o cliente deve ser informado de que o tratamento é demorado e requer disciplina. O uso de esmaltes durante o tratamento deve ser evitado, pois a cobertura pode impedir a penetração de medicamentos tópicos e mascarar a evolução da infecção.
Para prevenir unhas encravadas, o corte deve ser reto e não muito curto, respeitando o formato natural da unha. O uso de calçados confortáveis e bem ajustados também é essencial. Já para quem sofre com psoríase ungueal, recomenda-se evitar traumas e manter a hidratação constante, reduzindo o risco de agravamento da inflamação.
O profissional também deve estar atento aos aspectos psicológicos do cliente. Alterações visíveis nas unhas podem afetar a autoestima e causar constrangimento. Um atendimento acolhedor e informativo contribui para o bem-estar e a fidelização do cliente, reforçando o papel do profissional como promotor de saúde e não apenas de beleza.
Considerações finais
O conhecimento sobre doenças e alterações ungueais é indispensável para o exercício ético e responsável da profissão de manicure e pedicure. Saber reconhecer os sinais de patologias, compreender suas causas e respeitar as contraindicações de atendimento são atitudes que demonstram profissionalismo e zelo pela saúde.
A atuação preventiva, a observação cuidadosa e a orientação adequada ao cliente fortalecem a confiança no serviço e elevam o padrão de qualidade no setor da beleza. Mais do que embelezar, o verdadeiro profissional
contribui para a promoção da saúde e o cuidado integral com o corpo.
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Biossegurança em Serviços de Saúde. Brasília: MS, 2020.
SANTOS, L. R. Cuidados com as Unhas e Beleza das Mãos e Pés. São Paulo: Érica, 2021.
SENAC. Manicure e Pedicure: fundamentos e práticas. São Paulo: Editora Senac, 2019.
VILHENA, A. M. Higiene e Biossegurança em Salões de Beleza. Rio de Janeiro: Rubio, 2020.
Cuidados Pré e Pós-Procedimento
Os cuidados pré e pós-procedimento são fundamentais para garantir a qualidade, a segurança e a durabilidade dos serviços de manicure e pedicure. Mais do que uma questão estética, essas etapas estão diretamente ligadas à saúde das unhas, da pele e à prevenção de infecções. O profissional deve adotar uma postura atenta e criteriosa, avaliando o estado das unhas e cutículas, realizando corretamente os processos de hidratação e esfoliação, e orientando o cliente sobre práticas de manutenção e autocuidado.
Avaliação do estado das unhas e cutículas
Antes de iniciar qualquer procedimento, é essencial realizar uma avaliação minuciosa das unhas e cutículas do cliente. Essa observação inicial permite identificar possíveis alterações estruturais, sinais de infecção, inflamações ou fragilidades que possam interferir na realização segura do serviço. O exame visual deve considerar aspectos como cor, textura, espessura, formato e aderência da lâmina ungueal ao leito (SENAC, 2019).
A avaliação também deve incluir a observação da pele ao redor das unhas. Cutículas ressecadas, rachaduras ou inflamações podem indicar falta de hidratação, uso excessivo de produtos químicos ou doenças dermatológicas. Nesses casos, o profissional deve evitar a retirada agressiva das cutículas, optando por amolecedores suaves e técnicas que não causem microlesões.
Outro ponto importante é verificar se há presença de doenças como onicomicose (micose), paroníquia (infecção na base da unha) ou unhas encravadas, situações que contraindicam o atendimento estético. O profissional deve ter o conhecimento necessário para identificar esses casos e orientar o cliente a procurar um dermatologista antes de realizar qualquer procedimento.
A avaliação também serve para compreender os hábitos e necessidades individuais do cliente. Questões como exposição constante à água, uso de detergentes, prática de esportes ou calçados apertados influenciam diretamente na saúde das unhas. Ao compreender esse contexto, o profissional pode ajustar os produtos e
técnicas utilizadas, oferecendo um serviço personalizado e seguro (VILHENA, 2020).
Procedimentos de hidratação e esfoliação
Após a avaliação, o cuidado com a hidratação e esfoliação é essencial para preparar a pele e as unhas para o procedimento. Esses processos melhoram a aparência, facilitam a remoção de cutículas e contribuem para a regeneração celular.
A hidratação tem como objetivo restabelecer a umidade natural da pele e das cutículas, prevenindo ressecamento, fissuras e descamação. Pode ser realizada com cremes específicos à base de ureia, glicerina, manteiga de karité, óleo de amêndoas ou ácido hialurônico, que promovem maciez e nutrição (SANTOS, 2021). Durante a aplicação, é recomendável realizar uma leve massagem nas mãos e nos pés, estimulando a circulação sanguínea e o relaxamento muscular.
As cutículas desempenham papel protetor contra a entrada de microrganismos, e por isso não devem ser removidas completamente. O ideal é apenas empurrá-las suavemente com o auxílio de um amolecedor e espátula apropriada. Em clientes com pele sensível ou diabéticos, essa precaução é ainda mais importante, pois pequenas lesões podem evoluir para infecções.
A esfoliação é outra etapa relevante, especialmente nos pés, onde ocorre o acúmulo de células mortas e calosidades. O processo deve ser realizado com produtos esfoliantes suaves, contendo micropartículas de origem natural (como açúcar, sementes vegetais ou pedra-pomes micronizada).
A técnica deve ser feita com movimentos circulares e delicados, evitando a remoção excessiva da camada córnea, o que poderia deixar a pele mais sensível e propensa a irritações (BRASIL, 2020).
Após a esfoliação, é recomendável aplicar um creme hidratante ou loção calmante, que auxilie na regeneração da pele e proporcione conforto. A hidratação deve ser reforçada também após o término do procedimento estético, especialmente em clientes que utilizam produtos removedores de esmalte com acetona, que ressecam a pele e as unhas.
Esses cuidados não apenas preparam as mãos e os pés para um acabamento mais bonito, mas também favorecem a saúde cutânea, prevenindo rachaduras, descamações e infecções bacterianas e fúngicas.
Recomendações de manutenção e autocuidado
Após o procedimento, é responsabilidade do profissional orientar o cliente quanto aos cuidados domiciliares, a fim de preservar os resultados e evitar danos às unhas e à pele. O sucesso de um bom serviço depende tanto da técnica aplicada quanto da adesão do cliente às orientações de
manutenção.
Entre as recomendações principais, destacam-se:
A manutenção da saúde das unhas também está ligada à alimentação equilibrada. Uma dieta rica em proteínas, vitaminas e minerais, especialmente biotina, zinco e ferro, contribui para o fortalecimento e crescimento saudável das unhas (SENAC, 2019).
Além disso, o cliente deve ser orientado a observar sinais de alterações nas unhas, como manchas, descamações, dor ou descolamento, e buscar avaliação médica sempre que houver suspeita de doença. O acompanhamento com dermatologista é essencial em casos de unhas enfraquecidas, infecções recorrentes ou alergias a produtos cosméticos.
O profissional também pode sugerir intervalos regulares entre os atendimentos para evitar desgaste excessivo da lâmina ungueal. O uso de bases fortalecedoras e óleos nutritivos é uma boa prática para manter a resistência das unhas entre os procedimentos.
Considerações finais
Os cuidados pré e pós-procedimento representam um compromisso do profissional de manicure e pedicure com a biossegurança, a estética e a saúde do cliente. A avaliação correta do estado das unhas, o uso adequado de técnicas de hidratação e esfoliação, e as orientações de manutenção são etapas que vão além da beleza: elas promovem prevenção, conforto e confiança no atendimento.
Um serviço de excelência requer sensibilidade, conhecimento técnico e atenção aos detalhes. Quando o cliente percebe que o profissional se preocupa com sua saúde e bem-estar, o vínculo de confiança se fortalece, resultando em fidelização e reconhecimento. Assim, a combinação entre cuidado estético e responsabilidade sanitária define o verdadeiro padrão de qualidade na área da beleza.
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Biossegurança em Serviços de Saúde. Brasília: MS, 2020.
SANTOS, L. R. Cuidados com as Unhas e Beleza das Mãos e Pés. São Paulo: Érica, 2021.
SENAC. Manicure
e e Pedicure: fundamentos e práticas. São Paulo: Editora Senac, 2019.
VILHENA, A. M. Higiene e Biossegurança em Salões de Beleza. Rio de Janeiro: Rubio, 2020.