Noções Básicas em Tomografia

Biossegurança e Normas Regulamentadoras

Radiação e Proteção Radiológica

 

A tomografia computadorizada (TC) é um dos exames de imagem mais utilizados na medicina, porém, envolve a exposição do paciente e dos profissionais à radiação ionizante. Para minimizar os riscos associados, são adotadas estratégias de proteção radiológica baseadas no princípio ALARA (As Low As Reasonably Achievable), no uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e no cumprimento das normas estabelecidas por órgãos reguladores, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

1. Princípios de ALARA

O princípio ALARA orienta que a exposição à radiação deve ser mantida no nível mais baixo possível, sem comprometer a qualidade do exame diagnóstico. Esse conceito se baseia em três pilares fundamentais:

  • Tempo: Reduzir o tempo de exposição à radiação minimiza a dose recebida pelo paciente e pelos profissionais.
  • Distância: Aumentar a distância da fonte de radiação reduz significativamente a dose recebida, conforme o princípio do inverso do quadrado da distância.
  • Blindagem: Uso de barreiras de proteção, como chumbo e acrílicos especiais, para reduzir a radiação dispersa no ambiente (BUSHBERG et al., 2011).

Além desses princípios, estratégias como a modulação automática de dose na TC ajudam a reduzir a exposição, ajustando automaticamente os parâmetros do exame conforme a anatomia do paciente (SEERAM, 2015).

2. Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são fundamentais para reduzir a exposição ocupacional à radiação ionizante. Seu uso é obrigatório para técnicos, radiologistas e demais profissionais que atuam em ambientes de radiodiagnóstico.

2.1 Principais EPIs Utilizados em Tomografia

  • Avental de chumbo: Protege o tronco e órgãos vitais da radiação dispersa. Deve ter, no mínimo, 0,25 mm de espessura equivalente de chumbo para proteção adequada (CNEN, 2014).
  • Protetores de tireoide: Reduzem a exposição da glândula tireoide, sensível à radiação.
  • Óculos plumbíferos: Protegem os olhos contra a radiação dispersa, minimizando o risco de catarata radio induzida.
  • Luvas plumbíferas: Utilizadas em procedimentos intervencionistas guiados por TC para reduzir a exposição das mãos.
  • Protetores gonadais: Recomendados para pacientes jovens, reduzindo a exposição aos órgãos reprodutivos (CNEN, 2018).

Além dos EPIs, medidas adicionais como a permanência do operador em salas protegidas e o uso de comandos remotos para

ativação do exame minimizam a exposição ocupacional (MCCOLL et al., 2010).

3. Normas da CNEN e ANVISA

No Brasil, a segurança radiológica é regulamentada por normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que estabelecem diretrizes para a proteção de pacientes e profissionais da saúde.

3.1 Normas da CNEN

A CNEN é o órgão responsável pelo controle e fiscalização da radiação ionizante no Brasil. Entre suas principais normas aplicáveis à tomografia computadorizada, destacam-se:

  • CNEN NN 3.01 – Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica
    • Define os limites de dose para trabalhadores e população geral.
    • Exige o uso de monitores individuais de radiação para profissionais expostos.
    • Obriga a realização de treinamentos periódicos em proteção radiológica (CNEN, 2014).
  • CNEN NN 6.04 – Requisitos para Serviços de Radiodiagnóstico Médico e Odontológico
    • Estabelece critérios para calibração de equipamentos.
    • Exige a presença de um responsável técnico pela proteção radiológica em serviços de imagem.
    • Determina a periodicidade das avaliações de qualidade dos equipamentos de TC (CNEN, 2018).

3.2 Normas da ANVISA

A ANVISA regula o uso de radiação ionizante em serviços de saúde, garantindo a segurança de pacientes e profissionais. Algumas diretrizes importantes incluem:

  • Resolução RDC 330/2019
    • Define os requisitos mínimos para operação de equipamentos de TC.
    • Exige o uso de protocolos de redução de dose em exames pediátricos e de alta complexidade.
    • Obriga a realização de controle de qualidade periódico dos equipamentos (ANVISA, 2019).
  • Resolução RDC 611/2022
    • Regulamenta o uso de radiação ionizante em clínicas e hospitais.
    • Determina a necessidade de monitoramento ambiental e individual de radiação.
    • Estabelece critérios para descarte de resíduos radioativos (ANVISA, 2022).

Essas normas garantem que os exames sejam realizados com máxima segurança e mínima exposição à radiação, beneficiando tanto os pacientes quanto os profissionais da saúde.

Conclusão

A proteção radiológica na tomografia computadorizada é essencial para minimizar os riscos da exposição à radiação ionizante. O princípio ALARA orienta a adoção de medidas para reduzir a dose de radiação sem comprometer a qualidade do exame. O uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como aventais de chumbo e protetores de tireoide, é fundamental para a segurança dos profissionais. Além disso, a conformidade com as normas estabelecidas pela CNEN e ANVISA assegura que os serviços de

radiodiagnóstico operem de forma segura e eficiente. O avanço das tecnologias de modulação de dose e as regulamentações rigorosas contribuem para tornar a tomografia computadorizada um exame cada vez mais seguro para todos os envolvidos.

Referências Bibliográficas

  • AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA)Resolução RDC 330/2019 – Boas Práticas para o Uso de Radiação Ionizante em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico. Brasília, 2019.
  • AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA)Resolução RDC 611/2022 – Requisitos de Segurança e Proteção Radiológica em Serviços de Saúde. Brasília, 2022.
  • COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN)Norma NN 3.01 – Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica. Rio de Janeiro, 2014.
  • COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN)Norma NN 6.04 – Requisitos para Serviços de Radiodiagnóstico Médico e Odontológico. Rio de Janeiro, 2018.
  • BUSHBERG, J. T. et al. The Essential Physics of Medical Imaging. 3rd ed. Lippincott Williams & Wilkins, 2011.
  • MCCOLL, R.; SMITH, D.; PATEL, M. Radiation Protection in CT: Advances and Best Practices. American Journal of Radiology, 2010.
  • SEERAM, E. Computed Tomography: Physical Principles, Clinical Applications, and Quality Control. 4th ed. Elsevier, 2015.


Cuidados no Atendimento ao Paciente na Tomografia Computadorizada

 

O atendimento ao paciente durante um exame de tomografia computadorizada (TC) deve ser realizado com atenção aos aspectos técnicos e humanizados, garantindo a segurança, conforto e qualidade das imagens obtidas. Três fatores essenciais para um exame bem-sucedido incluem o posicionamento correto do paciente, a comunicação eficaz e a abordagem humanizada. Esses cuidados impactam diretamente a experiência do paciente e a precisão diagnóstica do exame.

1. Posicionamento Correto do Paciente

O posicionamento adequado do paciente na mesa do tomógrafo é um fator determinante para a obtenção de imagens de alta qualidade, minimizando artefatos e garantindo a avaliação correta das estruturas anatômicas.

1.1 Técnicas de Posicionamento

  • Centralização correta: O paciente deve estar alinhado ao eixo isocêntrico do equipamento, garantindo uma distribuição uniforme da radiação e evitando cortes assimétricos.
  • Imobilização adequada: Em alguns casos, o uso de suportes, travesseiros ou cintas pode ser necessário para evitar movimentos durante a aquisição das imagens.
  • Respiração controlada: Em exames torácicos e abdominais, a sincronização da respiração com a aquisição da imagem é essencial para reduzir
  • artefatos de movimento (SEERAM, 2015).

1.2 Cuidados Específicos por Tipo de Exame

  • TC de Crânio: O paciente deve estar em decúbito dorsal, com a cabeça fixa e alinhada ao plano axial.
  • TC de Tórax: É fundamental que o paciente prenda a respiração durante a aquisição para evitar artefatos de movimento.
  • TC de Abdome e Pelve: Pode ser necessário o uso de contraste oral e a aplicação de compressão abdominal em determinados protocolos.
  • TC de Membros e Coluna: O posicionamento correto evita desalinhamentos e distorções das imagens ósseas (MOORE et al., 2019).

O posicionamento adequado também é crucial para reduzir a exposição desnecessária à radiação e melhorar a eficiência do exame.

2. Comunicação Eficaz e Segurança

A comunicação entre os profissionais de saúde e o paciente é essencial para um exame seguro e bem conduzido. Uma comunicação clara e objetiva reduz a ansiedade do paciente, melhora a colaboração durante o exame e minimiza erros técnicos.

2.1 Estratégias de Comunicação

  • Explicação prévia do procedimento: O paciente deve ser informado sobre o objetivo do exame, tempo de duração, possíveis desconfortos e necessidade de colaboração, como prender a respiração.
  • Uso de linguagem acessível: A explicação deve ser adaptada ao nível de compreensão do paciente, evitando termos técnicos complexos.
  • Reafirmação da segurança do exame: Muitos pacientes demonstram medo da radiação ou do ambiente fechado do tomógrafo. Explicar a segurança do exame pode reduzir a ansiedade e aumentar a cooperação.
  • Verificação de contraindicações: Antes do exame, é necessário verificar alergias a contraste iodado, gravidez e condições clínicas que possam interferir no procedimento (MCCOLL et al., 2010).

2.2 Medidas de Segurança Durante o Exame

  • Supervisão contínua: O paciente deve ser monitorado visualmente e por intercomunicadores durante o exame para garantir sua segurança.
  • Acompanhamento de pacientes com necessidades especiais: Crianças, idosos e pacientes com dificuldades motoras podem precisar de assistência adicional.
  • Prontidão para reações adversas: Em exames contrastados, é essencial ter equipamentos e medicamentos disponíveis para lidar com reações alérgicas ou complicações (BUSHBERG et al., 2011).

O uso de protocolos de segurança evita riscos e proporciona um ambiente mais confiável para o paciente.

3. Atendimento Humanizado

O atendimento humanizado na tomografia computadorizada envolve respeito, empatia e atenção às necessidades individuais dos pacientes. Esse conceito vai além da técnica, incluindo

atendimento humanizado na tomografia computadorizada envolve respeito, empatia e atenção às necessidades individuais dos pacientes. Esse conceito vai além da técnica, incluindo aspectos emocionais e psicológicos do paciente no momento do exame.

3.1 Princípios do Atendimento Humanizado

  • Acolhimento: Criar um ambiente confortável e tranquilo, tratando o paciente com cortesia e paciência.
  • Respeito à individualidade: Cada paciente tem sua própria experiência com exames médicos. Adaptar a abordagem conforme a necessidade de cada um é essencial.
  • Redução do estresse e da ansiedade: Muitos pacientes temem exames de imagem devido ao desconhecimento ou claustrofobia. Técnicas de relaxamento, como respiração guiada e conversas tranquilizadoras, podem ser úteis (MOORE et al., 2019).

3.2 Cuidados Específicos para Pacientes Sensíveis

  • Pacientes pediátricos: Crianças devem ser preparadas de maneira lúdica para o exame, com explicações adaptadas à idade. Permitir a presença dos pais pode aumentar a colaboração.
  • Pacientes idosos: É importante garantir conforto extra e falar pausadamente para assegurar a compreensão das instruções.
  • Pacientes oncológicos ou em tratamento intensivo: Demandam cuidados especiais para minimizar desconfortos físicos e emocionais.

A adoção de uma abordagem humanizada melhora a experiência do paciente e aumenta a eficácia do exame, pois um paciente tranquilo e cooperativo tende a apresentar menos movimentação, resultando em imagens mais precisas (SEERAM, 2015).

Conclusão

O atendimento ao paciente em tomografia computadorizada deve integrar técnica, comunicação eficaz e humanização para garantir um exame seguro e confortável. O posicionamento adequado melhora a qualidade das imagens, enquanto a comunicação clara e objetiva reduz a ansiedade e facilita a colaboração do paciente. Além disso, a abordagem humanizada fortalece a relação entre profissionais de saúde e pacientes, proporcionando um atendimento mais acolhedor e eficiente. Esses princípios são fundamentais para uma prática radiológica segura e centrada no bem-estar do paciente.

Referências Bibliográficas

  • BUSHBERG, J. T. et al. The Essential Physics of Medical Imaging. 3rd ed. Lippincott Williams & Wilkins, 2011.
  • MCCOLL, R.; SMITH, D.; PATEL, M. Patient-Centered Care in Radiology: Best Practices and Innovations. American Journal of Radiology, 2010.
  • MOORE, K. L.; DALLEY, A. F.; AGUR, A. M. R. Clinically Oriented Anatomy. 8th ed. Wolters Kluwer, 2019.
  • SEERAM, E. Computed Tomography: Physical Principles, Clinical
  • Tomography: Physical Principles, Clinical Applications, and Quality Control. 4th ed. Elsevier, 2015.


Ética e Legislação na Tomografia Computadorizada

 

A prática da tomografia computadorizada (TC) envolve a aplicação de radiação ionizante e a obtenção de imagens médicas para diagnóstico. Por isso, além dos aspectos técnicos, o exercício da profissão exige o cumprimento de normas legais e princípios éticos que garantam a segurança dos pacientes e a qualidade dos exames. Três aspectos fundamentais na área incluem a regulamentação do profissional da radiologia, o código de ética da profissão e a responsabilidade técnica na aquisição de imagens.

1. Regulamentação do Profissional da Radiologia

No Brasil, o exercício da profissão de técnico e tecnólogo em radiologia é regulamentado por leis e normas específicas. O profissional responsável pela realização de exames de tomografia deve possuir formação adequada e estar devidamente registrado nos órgãos competentes.

1.1 Legislação e Formação Profissional

A regulamentação do profissional de radiologia é baseada na Lei nº 7.394/1985, que define as atividades permitidas aos técnicos em radiologia. Essa lei estabelece que somente profissionais qualificados podem operar equipamentos emissores de radiação ionizante (BRASIL, 1985).

O Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) e os Conselhos Regionais (CRTRs) são responsáveis pela fiscalização do exercício profissional, garantindo que os trabalhadores cumpram os requisitos legais. Além disso, o profissional deve seguir normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que estabelecem diretrizes para a proteção radiológica (ANVISA, 2019; CNEN, 2014).

1.2 Requisitos para Atuação em Tomografia

Para operar um tomógrafo, o profissional deve possuir:

  • Formação técnica ou tecnológica em radiologia reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC);
  • Registro ativo no CRTR da sua região;
  • Conhecimento sobre princípios de proteção radiológica e protocolos de aquisição de imagem;
  • Atualização constante sobre avanços tecnológicos e normativos da área (SEERAM, 2015).

O cumprimento dessas exigências garante que a TC seja realizada de forma segura e eficaz, minimizando riscos para os pacientes e operadores.

2. Código de Ética do Profissional de Radiologia

Código de Ética dos Profissionais das Técnicas Radiológicas, instituído pelo CONTER, estabelece princípios e deveres que devem ser seguidos pelos trabalhadores da área. Ele reforça a

importância da conduta ética na relação com pacientes, colegas de trabalho e instituições de saúde.

2.1 Princípios Éticos Fundamentais

O profissional de radiologia deve atuar com:

  • Respeito e dignidade: Garantir um atendimento humanizado, respeitando os direitos e a privacidade do paciente.
  • Sigilo profissional: As informações obtidas nos exames de imagem são sigilosas e só podem ser compartilhadas com médicos responsáveis ou autoridades competentes.
  • Excelência técnica: Realizar exames com precisão, minimizando erros e otimizando a qualidade da imagem.
  • Uso responsável da radiação: Aplicar os princípios da proteção radiológica, evitando exposição desnecessária do paciente e dos profissionais (CONTER, 2021).

2.2 Direitos e Deveres do Profissional de Radiologia

O código de ética prevê que o profissional tem o direito de:

  • Recusar-se a realizar exames sem indicação médica ou sem condições de segurança;
  • Ter acesso contínuo a capacitação profissional;
  • Exigir condições adequadas de trabalho, incluindo equipamentos em conformidade com normas de segurança (BUSHBERG et al., 2011).

Por outro lado, ele tem o dever de:

  • Atuar com responsabilidade e compromisso com a saúde do paciente;
  • Não realizar diagnósticos ou interpretações das imagens obtidas (atividade exclusiva do médico radiologista);
  • Seguir normas e protocolos técnicos na execução dos exames (SEERAM, 2015).

O respeito ao código de ética fortalece a credibilidade da profissão e assegura um atendimento seguro e de qualidade para os pacientes.

3. Responsabilidade Técnica na Aquisição de Imagens

A obtenção de imagens tomográficas de qualidade depende diretamente da atuação do profissional responsável pelo exame. A responsabilidade técnica envolve o conhecimento adequado dos parâmetros de aquisição, a aplicação correta das normas de segurança e a garantia da integridade das informações do exame.

3.1 Qualidade na Aquisição de Imagens

O profissional deve garantir que os exames sejam realizados com qualidade diagnóstica, otimizando os seguintes aspectos:

  • Correção no posicionamento do paciente: Garante que as imagens sejam adquiridas no plano correto, evitando a necessidade de repetições desnecessárias.
  • Ajuste adequado dos parâmetros técnicos: Deve-se selecionar os valores corretos de kVp, mAs, FOV e espessura de corte para obter imagens nítidas com a menor dose de radiação possível.
  • Uso adequado de meios de contraste: A administração do contraste deve seguir protocolos de segurança para evitar reações adversas (MCCOLL et al., 2010).

 3.2

Segurança e Proteção Radiológica

O profissional tem a responsabilidade de minimizar a exposição do paciente à radiação, aplicando os princípios de ALARA (As Low As Reasonably Achievable). Além disso, deve garantir que:

  • Os equipamentos estejam calibrados e em conformidade com as normas de segurança;
  • O exame seja realizado com a menor dose de radiação possível, sem comprometer a qualidade da imagem;
  • Os pacientes sejam devidamente informados sobre o procedimento e eventuais riscos envolvidos (CNEN, 2014).

3.3 Registros e Documentação

A responsabilidade técnica também inclui a correta documentação dos exames realizados, garantindo que todas as imagens e relatórios sejam armazenados de forma segura. O profissional deve:

  • Registrar corretamente os dados do paciente no sistema do equipamento;
  • Garantir a integridade e confidencialidade das imagens adquiridas;
  • Cumprir as exigências legais sobre o armazenamento e descarte de arquivos radiológicos (ANVISA, 2019).

O não cumprimento dessas responsabilidades pode comprometer o diagnóstico e gerar implicações éticas e legais para o profissional e a instituição de saúde.

Conclusão

A prática da tomografia computadorizada exige o cumprimento de normas legais e princípios éticos que garantam a segurança do paciente e a qualidade dos exames. A regulamentação profissional estabelece que apenas técnicos e tecnólogos registrados nos órgãos competentes podem operar equipamentos de TC. O código de ética determina a conduta que deve ser seguida no atendimento ao paciente e na execução dos exames. Além disso, a responsabilidade técnica na aquisição de imagens assegura que os exames sejam realizados com qualidade e segurança. O respeito a essas diretrizes fortalece a profissão e contribui para um serviço de radiodiagnóstico eficiente e confiável.

Referências Bibliográficas

  • AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA)Resolução RDC 330/2019 – Boas Práticas para o Uso de Radiação Ionizante em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico. Brasília, 2019.
  • BRASILLei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985. Dispõe sobre a regulamentação da profissão de Técnico em Radiologia. Brasília, 1985.
  • BUSHBERG, J. T. et al. The Essential Physics of Medical Imaging. 3rd ed. Lippincott Williams & Wilkins, 2011.
  • COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN)Norma NN 3.01 – Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica. Rio de Janeiro, 2014.
  • CONSELHO NACIONAL DE TÉCNICOS EM RADIOLOGIA (CONTER)Código de Ética dos Profissionais das Técnicas Radiológicas. Brasília, 2021.
  • MCCOLL,
  • R.; SMITH, D.; PATEL, M. CT Imaging and Ethical Considerations in Radiology. American Journal of Radiology, 2010.
  • SEERAM, E. Computed Tomography: Physical Principles, Clinical Applications, and Quality Control. 4th ed. Elsevier, 2015.
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