ISO 17.025:2017

Auditorias Internas e Externas em Laboratórios: Garantindo a Qualidade e Conformidade

 

As auditorias internas e externas desempenham um papel fundamental na gestão da qualidade e na conformidade com as normas em laboratórios de ensaio e calibração. Neste texto, abordaremos os tipos de auditorias, a preparação e condução de auditorias internas e as auditorias de terceira parte, destacando a importância dessas práticas para assegurar a qualidade dos processos e resultados laboratoriais.

 

Tipos de Auditorias

 

Existem diferentes tipos de auditorias, cada uma com seu propósito e foco:

 

1.                 Auditorias Internas: Realizadas pela própria organização para avaliar a conformidade com os requisitos internos, como procedimentos, políticas e padrões.

2.                 Auditorias Externas de Terceira Parte: Conduzidas por organismos de certificação independentes para verificar a conformidade com normas e regulamentos, como a ISO 17025.

3.                 Auditorias Externas de Segunda Parte: Realizadas por clientes, parceiros comerciais ou partes interessadas para avaliar o desempenho do laboratório em relação a acordos contratuais ou requisitos específicos.

 

Preparação e Condução de Auditorias Internas

 

As auditorias internas são uma ferramenta importante para garantir a conformidade com padrões e a melhoria contínua. A preparação e condução eficazes dessas auditorias incluem os seguintes passos:

 

1.                 Planejamento: Definir os objetivos e escopo da auditoria, identificar os auditores internos qualificados e preparar um plano detalhado, incluindo uma lista de verificação de auditoria.

2.                 Execução: Realizar a auditoria de acordo com o plano, conduzindo entrevistas, revisando documentos, observando processos e registrando evidências.

3.                 Relatório: Documentar as constatações da auditoria, incluindo não conformidades identificadas, áreas de melhoria e observações positivas. O relatório deve ser claro e objetivo.

4.                 Ações Corretivas: Identificar e implementar ações corretivas para abordar não conformidades e melhorar os processos conforme necessário.

 

Auditorias de Terceira Parte

 

As auditorias de terceira parte são conduzidas por organismos independentes, como agências de acreditação, para verificar a conformidade com normas e regulamentos específicos, como a ISO 17025. Essas auditorias têm um foco amplo e incluem:

 

1.                 Revisão Documental: Exame minucioso dos procedimentos e políticas do laboratório

minucioso dos procedimentos e políticas do laboratório para verificar a conformidade com os requisitos normativos.

2.                 Avaliação no Local: Visita ao laboratório para verificar a implementação prática dos processos e procedimentos, incluindo observação de ensaios e calibrações.

3.                 Relatórios e Ações Corretivas: Os resultados são documentados em um relatório oficial, e qualquer não conformidade identificada deve ser corrigida pelo laboratório antes da obtenção ou manutenção da certificação.

 

As auditorias de terceira parte são uma maneira objetiva de garantir a conformidade com padrões reconhecidos e de demonstrar a credibilidade e confiabilidade do laboratório perante clientes e partes interessadas.

Auditorias internas e externas são ferramentas essenciais para garantir a qualidade e conformidade em laboratórios de ensaio e calibração. A preparação adequada, a condução cuidadosa e a ação corretiva resultante dessas auditorias contribuem para melhorar continuamente os processos e a conformidade com os requisitos normativos. Auditorias de terceira parte, conduzidas por organismos independentes, são particularmente importantes para a obtenção e manutenção de certificações e para demonstrar credibilidade aos clientes e parceiros comerciais.

          

Ações Corretivas e Preventivas em Laboratórios: Melhoria Contínua e Garantia de Qualidade

 

A implementação eficaz de ações corretivas e preventivas é um componente essencial para manter a qualidade e a conformidade com as normas em laboratórios de ensaio e calibração. Neste texto, exploraremos a identificação e tratamento de não conformidades, a aplicação de ações corretivas e preventivas, bem como o monitoramento e análise de dados, ressaltando como essas práticas contribuem para a melhoria contínua e a garantia de qualidade.

 

Identificação e Tratamento de Não Conformidades

 

As não conformidades são desvios ou discrepâncias em relação aos requisitos estabelecidos, sejam eles normas, regulamentos internos ou procedimentos. A identificação e tratamento adequados de não conformidades são passos fundamentais para manter a qualidade dos processos e resultados laboratoriais. Alguns pontos importantes incluem:

 

1.                 Identificação: As não conformidades podem ser identificadas por meio de auditorias internas, análise de resultados fora de especificação, reclamações de clientes, inspeções e revisões de documentos.

2.                 Avaliação: Avaliar a gravidade e o impacto das não

conformidades para determinar ações apropriadas.

3.                 Documentação: Registrar todas as não conformidades identificadas, incluindo detalhes sobre a natureza do problema, sua origem e quaisquer evidências relevantes.

 

Ações Corretivas e Preventivas

 

As ações corretivas são medidas tomadas para eliminar as causas de não conformidades identificadas e prevenir sua recorrência. Por outro lado, as ações preventivas são ações tomadas para evitar que não conformidades ocorram. Alguns aspectos cruciais incluem:

 

1.                 Análise de Causa Raiz: Identificar as causas fundamentais das não conformidades para garantir que as ações corretivas abordem efetivamente o problema subjacente.

2.                 Desenvolvimento de Planos de Ação: Criar planos de ação detalhados para implementar as ações corretivas e preventivas, atribuindo responsabilidades e prazos.

3.                 Monitoramento e Verificação: Acompanhar o progresso das ações, garantindo que elas sejam executadas conforme planejado e que as não conformidades sejam eliminadas ou evitadas.

4.                 Análise de Eficácia: Avaliar se as ações corretivas e preventivas foram eficazes em eliminar as não conformidades e prevenir sua recorrência.

 

Monitoramento e Análise de Dados

 

O monitoramento e a análise de dados desempenham um papel crítico na identificação de tendências e áreas de melhoria. Alguns princípios-chave incluem:

 

1.                 Coleta de Dados: Coletar dados relevantes sobre processos, resultados e não conformidades.

2.                 Análise Estatística: Usar análise estatística para identificar padrões, tendências e variações nos dados.

3.                 Identificação de Oportunidades de Melhoria: Usar dados para identificar oportunidades de melhoria de processos e sistemas.

4.                 Tomada de Decisões Baseadas em Dados: Usar análises de dados para tomar decisões informadas sobre a implementação de ações corretivas e preventivas.

 

Ações corretivas e preventivas são elementos essenciais para garantir a qualidade e

a conformidade em laboratórios de ensaio e calibração. A identificação e tratamento eficazes de não conformidades, juntamente com o monitoramento e a análise de dados, contribuem para a melhoria contínua dos processos e resultados laboratoriais. Essas práticas são fundamentais para a conformidade com a norma ISO 17025:2017 e para a satisfação dos clientes.

          

Melhoria Contínua em Laboratórios: Adotando o Ciclo PDCA  e Indicadores de Desempenho

 

A busca

pela melhoria contínua é um princípio fundamental na gestão da qualidade de laboratórios de ensaio e calibração. Para alcançar esse objetivo, é crucial adotar abordagens sistêmicas e utilizar ferramentas como o ciclo PDCA (Plan-Do-CheckAct) e indicadores de desempenho. Além disso, a atualização e melhoria constante do sistema de gestão são componentes essenciais desse processo.

 

Ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act)

 

O ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart, é uma metodologia amplamente reconhecida para a melhoria contínua de processos e sistemas. Ele consiste em quatro etapas interconectadas:

 

1.                 Plan (Planejar): Nesta fase, identificam-se as metas de melhoria, os processos que precisam ser aprimorados e as estratégias para atingir essas metas. O planejamento também envolve a definição de indicadores de desempenho relevantes.

2.                 Do (Fazer): Aqui, implementam-se as ações planejadas. Isso inclui a execução de melhorias nos processos, a implementação de novos procedimentos ou ações corretivas, se necessário.

3.                 Check (Verificar): Nesta etapa, monitora-se e avalia-se o desempenho dos processos e das ações implementadas. Isso envolve a coleta e análise de dados para determinar se as metas de melhoria estão sendo alcançadas.

4.                 Act (Agir): Com base na análise dos resultados, tomam-se decisões para ajustar, melhorar e consolidar as melhorias implementadas. Isso pode incluir a padronização de processos aprimorados ou a identificação de novas oportunidades de melhoria.

 

O ciclo PDCA é um processo cíclico e contínuo, em que a ação de "agir" leva a um novo ciclo de planejamento, implementação, verificação e aprimoramento. É uma abordagem dinâmica que permite a adaptação contínua às mudanças e a busca constante por melhorias.

 

Uso de Indicadores de Desempenho

 

Os indicadores de desempenho são medidas quantitativas que ajudam a avaliar o sucesso na consecução das metas e a identificar áreas de melhoria. No contexto de laboratórios, os indicadores podem incluir a precisão dos resultados, a eficiência dos processos, a satisfação do cliente e o cumprimento de prazos. Alguns princípioschave ao usar indicadores de desempenho incluem:

 

1.                 Seleção de Indicadores Relevantes: Escolher indicadores que estejam alinhados com os objetivos de melhoria e que forneçam informações significativas.

2.                 Coleta de Dados: Estabelecer processos para coletar, registrar e analisar

dados relacionados aos indicadores de desempenho.

3.                 Análise e Interpretação: Usar os dados para avaliar o desempenho atual e identificar oportunidades de melhoria.

4.                 Definição de Metas: Estabelecer metas de desempenho realistas e mensuráveis para orientar o esforço de melhoria.

 

Atualização e Melhoria do Sistema de Gestão

 

A melhoria contínua não se limita apenas aos processos operacionais, mas também ao sistema de gestão como um todo. Isso envolve a revisão regular de políticas, procedimentos e práticas para garantir que estejam alinhados com os objetivos de qualidade e conformidade. Alguns aspectos importantes incluem:

 

1.                 Revisão de Políticas e Objetivos: Avaliar periodicamente as políticas de qualidade e os objetivos para garantir que continuem a ser relevantes e apropriados.

2.                 Atualização de Procedimentos: Revisar e atualizar procedimentos e práticas para refletir melhores práticas e aprendizados adquiridos ao longo do tempo.

3.                 Formação e Capacitação: Investir na formação e capacitação contínua da equipe para garantir que esteja atualizada e alinhada com os requisitos.

4.                 Avaliação de Riscos: Avaliar regularmente os riscos operacionais e de conformidade e implementar ações preventivas quando necessário.

 

A melhoria contínua é um princípio-chave na gestão da qualidade em laboratórios. A adoção do ciclo PDCA, a utilização de indicadores de desempenho e a constante atualização do sistema de gestão são componentes essenciais desse processo. A busca contínua por aprimoramentos resulta em processos mais eficientes, resultados mais confiáveis e maior satisfação dos clientes e partes interessadas.

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